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Archive for the ‘Filme’ Category

Trago hoje um trecho de um livro que li há uns anos atrás e que reflete o que eu sentia no meu antigo emprego em relação ao telefone, objeto que até hoje me causa repulsa.

“A tela anunciava imediatamente que eu não o tinha usado até agora, e eu soube, imediatamente, instintivamente, que ela tinha ligado e que caíra direto na caixa postal. Odiei o celular com toda a minha alma. Odiei até meu novo telefone Bang and Olufsen. Odiei o telefone de Lily, comerciais de telefone, imagens de telefone nas revistas, e odiei Alexander Graham Bell. Trabalhar para Miranda Priestly causava vários efeitos colaterais lamentáveis em minha vida diária, porém o menos natural era o meu ódio extremo de telefones.

Para a maioria das pessoas, a campainha do telefone era um sinal bem-vindo. Alguém estaria querendo falar com você, dizer um alô, saber como está, ou fazer planos. Para mim, desencadeava medo, ansiedade intensa, e pânico de fazer parar o coração. Algumas pessoas consideravam os vários recursos dos telefones modernos uma novidade, até mesmo divertidos. Para mim, eles eram o mínimo necessário.”

O Diabo Veste Prada. Lauren Weisberger. Ed. Record. 2006. p. 103/104

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Médico e louco

Protagonista da série “House”, o ator Hugh Laurie fala da internação de seu personagem e de um samba no Brasil
Vera Anderson/WireImage
Hugh Laurie é um dos atores mais bem pagos da TV americana e estreia sexto ano de ‘House’ nos EUA em setembro

JANAINA LAGE
ENVIADA ESPECIAL A LOS ANGELES

Depois de resolver todos os tipos de quebra-cabeça na medicina, House retorna à TV na sexta temporada com o desafio de solucionar um problema ainda mais engenhoso: recuperar sua sanidade. Internado em uma clínica psiquiátrica após mostrar sinais de confusão entre realidade e delírio, o médico é obrigado a passar por um processo de autoanálise.

Em entrevista para seis jornalistas da América Latina, que incluiu a Folha, o ator Hugh Laurie define essa fase como uma passagem pelo “purgatório”, responsável por desencadear mudanças no seriado líder de audiência no país. Ele sairá da clínica, mas pelo menos durante um período não poderá exercer a profissão. O ator evita dar pistas, mas os personagens da atriz Jennifer Morrison (Cameron) e Jesse Spencer (Chase) voltarão para a equipe.

House pode estar perto de um processo de autoanálise, mas, para o ator, ele ainda não está pronto para relações duradouras. Laurie joga um balde de água fria nas pretensões românticas de quem ainda torce por um envolvimento mais substancial com a chefe dele no seriado, Lisa Cuddy (interpretada por Lisa Edelsten). Para ele, o enlace estragaria uma das principais tensões da série.

“Os dois personagens são solitários, pessoas que fizeram sacrifícios emocionais para alcançar algo. Eles encontram algo irritante e atraente um no outro. Talvez seja verdade que só alguém de quem você gosta possa te irritar, caso contrário simplesmente não importa.”

Laurie rechaça, em princípio, qualquer semelhança com o médico que vive na TV. Após alguns minutos, no entanto, emenda que a convivência prolongada com assuntos como doença, morte e cinismo podem ter talvez algum “efeito corrosivo” ao longo do tempo. O ator, pouco afeito a entrevistas, mostra sinais de inquietude e se prende a detalhes para manter a concentração, como enumerar todas as marcas de gravadores dos repórteres.

A estratégia é similar à que usa para vencer o nervosismo em cena. Questionado sobre o assunto, rebate ironicamente que se controla à base de fartas doses de vodca para em seguida explicar que procura criar distrações para a mente em cada tomada, como fixar a atenção em um determinado ponto do cenário. “Parece trivial, e é. Afinal, é um programa de TV. Então, no fundo, tudo é trivial.”

Alto salário

Ele diz se sentir ainda hoje um amador. Atribui a insegurança ao fato de considerar que tem pouco treinamento. Formado em antropologia, o ator é hoje um dos mais bem pagos na TV, com um salário de US$ 400 mil por episódio. A popularidade da série é tal que ele afirma ter dificuldades para passear na Europa, embora em seu próprio país, a Inglaterra, a repercussão seja menor.

Parte da inspiração para a criação de House começou em casa. Laurie é filho de um médico vencedor da medalha olímpica de remo. “Eles são bem diferentes, mas isso me deu uma certa reverência pela lógica, pela ciência e pelo empirismo. Meu pai era um homem muito sábio, e de certa forma House também é, embora seja também infantil”, diz.

A própria longevidade do personagem parece surpreendê-lo. “Ouvi no rádio que a média de permanência no emprego nos EUA hoje é de três anos e meio. Já faço esse papel há seis anos. É mais tempo do que se eu trabalhasse num banco.”

Fora do estúdio, Laurie diz ver pouca televisão, mas acompanha o seriado “Law & Order”, que mostra a investigação de casos de assassinato pela polícia. Diz que fica atraído pela fórmula do “eu sabia que tinha sido o cara da mercearia”, mas que tem uma relação estranha com o programa: só assiste quando se sente meio doente; quando está bem, fica meio doente ao assistir.

Nas horas vagas, divide o tempo entre tocar piano, dirigir motocicleta e praticar boxe, uma atividade que diz executar terrivelmente. “É a coisa mais difícil que já tentei aprender. É humilhante, mas faz parte do meu apreço por especialistas, gosto de gastar tempo com alguém que é mestre em algo que não sei fazer”, diz.

Aos 50 anos, o currículo do ator traz de fato um gosto pela diversidade. Ele faz parte da Band from TV, um grupo musical que se apresenta em eventos de caridade. Já compôs músicas, escreveu seriados para a TV inglesa, dois romances e atuou em filmes tão variados como “Razão e Sensibilidade” e “O Pequeno Stuart Little”.

Na lista do ator, há ainda um pouco conhecido filme rodado no Brasil: “Girl from Rio” (garota do Rio), em que interpreta um funcionário de banco fascinado por samba que resolve ir ao Rio de Janeiro no fim do ano após flagrar a mulher com o chefe e decidir, por impulso, roubar o banco onde trabalha.

Questionado sobre suas habilidades como dançarino de samba no filme, ele ri. As cenas ainda estão disponíveis no YouTube e mostram Laurie dançando até na areia da praia.

Para encarar o personagem, ele treinou por três semanas em Londres com um casal de dançarinos brasileiros. “Se em algum momento você sentir que precisa ser colocado para baixo, precisa reduzir sua confiança física, tente dançar entre dois brasileiros na frente de um espelho. Eles eram duas das pessoas mais bonitas que já vi na vida, e no meio havia aquele homem que parecia estar caindo da escada”, conta.

O treino lhe rendeu frutos. Em visita a uma escola de samba, foi o primeiro convocado para a pista e sambou com seis mulheres. “Passei um tempo maravilhoso no Brasil.”

O sexto ano de “House” estreia no dia 21 de setembro dos EUA e no dia 22 de outubro no Brasil, na TV paga pelo Universal Channel.

Fonte: Folha de SP, 30/08/09

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O Segredo de Beethoven

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Sunshine – Alerta Solar

Acabo de assistir ao pitoresco Sunshine – Alerta Solar (Danny Boyle, 2007). A sinopse diz que o ano é 2057 e o Sol está prestes a se extinguir e, junto com ele, obviamente, a humanidade. A última esperança da Terra é a Icarus II, espaçonave tripulada por oito pessoas. Sua missão: transportar um equipamento projetado para reacender o astro-rei. Preciso continuar? Misericórdia. Foi o pior filme que já assisti nos últimos tempos. Até Freddie Krueger faz uma ponta! Nem os olhos de Cillian Murphy salvaram. É tão ruim que só vendo para crer.

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